Conheça a Bateria

CONHEÇA A BATERIA

A bateria é um acumulador elétrico que armazena energia sob a forma química  e  posteriormente  a converte  em energia  elétrica. Para que esse processo funcione com eficiência é muito importante conhecer a qualidade e dos componentes da bateria e o seu processo de fabricação. Esses fatores são determinantes e diferenciam a qualidade entre uma bateria e outra n o mercado.

A Função da  Bateria no Veículo

   • A principal função de uma bateria automotiva é fornecer energia elétrica ao motor de partida e ao sistema de ignição do veículo;

 • Alimentar todo o sistema elétrico quando o motor não estiver em funcionamento;

 • Auxiliar o alternador, por tempo determinado, alimentando os equipamentos do veículo se por algum motivo, ele deixar de funcionar;

• Estabilizar a tensão do sistema elétrico como um todo.

Características das Aplicações

As baterias chumbo-ácido são classificadas em 3 categorias:

Automotiva: utiliza picos de correntes em curto espaço de tempo (exemplo: partidas);

Estacionária: utiliza corrente constante por longo período de tempo (exemplo: luz de emergência).

Tracionaria: caracterizada por diversos regimes de corrente e tempo em sua utilização (exemplo: empilhadeira elétrica).

Eletrólito

O eletrólito é a solução ácida que tem densidade variável de acordo com a sua aplicação. A faixa de variação* da massa específica (densidade), do eletrólito é de:
1.240 a 1.260 g/l: para baterias com aplicação em clima tropical e de 1.270 a 1.290 g/l. para clima frio.
Composta por 35% de ácido sulfúrico e 65 % de água desmineralizada, estas substancias são indispensáveis para que as reações químicas aconteçam.
* Variação com temperatura de referência de 27°C em baterias completamente carregadas.

Placa
A placa é o conjunto da grade mais a massa ativa. As placas positivas e negativas têm composições diferentes, estão intercaladas no bloco de placas e separadas por um material isolante denominado “separador”.


Grade

A qualidade da grade é um dos fatores que mais influenciam a durabilidade de uma bateria. Por isso a evolução tecnológica das baterias, ao longo do tempo, se deu principalmente em função de novas formas de fabricação e ligas que compõe as grades.

Massa Ativa

A massa é o material ativo responsável por armazenar a energia na bateria. Quanto maior é a quantidade de massa, mais energia a bateria pode armazenar. O material ativo da placa positiva é o dióxido de chumbo (PbO2) e o da placa negativa é o chumbo puro esponjoso (Pb).

Bloco de Placas

O bloco de placas é formado pelo conjunto de placas positivas, placas negativas e separadores que interligados por conexões ficam armazenados dentro dos vasos da bateria. A composição de cada bloco produz 2,1 volts em circuito aberto e com plena carga, portanto, em uma bateria de 6 vasos estes blocos totalizam em média 12,6 volts.

Separadores

Os separadores têm a função de isolar eletricamente as placas positivas das placas negativas, impedindo o curto-circuito através do contato entre elas.

Conexões


As conexões interligam as placas de mesma polaridade dentro de um mesmo bloco na bateria e interligam cada bloco com seu subsequente em série, para que seja possível a continuidade elétrica até os polos, formando as baterias de 12 volts. As conexões fazem a ligação direta entre placas, blocos e polos, por isso, quanto melhor o processo de solda e qualidade do seu desenho, melhor é o desempenho elétrico da bateria.

Caixa

A caixa de uma bateria é composta por vasos e tem a função de acomodar os blocos formados pelas placas. Normal mente uma bateria automotiva é constituída por 6 vasos/elementos e cada um apresenta 2,1 volts, que ligados em série totalizam 12,6 volts (no caso de baterias totalmente carregadas).

Tampa

A tampa tem a função de manter os vasos selados, impedindo a saída de eletrólito (solução composta de água e ácido) do interior da bateria para o ambiente externo ou a entrada de substâncias estranhas.
Indicador de Carga ( Charge Eye )

O indicador de carga fica embutido na tampa da bateria e tem a função de indicar o estado de carga em que a bateria se encontra.

Seu funcionamento é totalmente mecânico, onde uma esfera de coloração verde desloca-se internamente conforme a densidade do eletrólito da bateria. Essa tonalidade pode ser: verde, escuro ou claro, conforme o estado de carga da bateria.


Observação: Bateria com indicador na cor clara NÃO deve ser carregada e/ou testada. O indicador de carga não deve ser utilizado como teste da bateria.






Polos Terminais

Os polos são responsáveis pela entrada e saída da energia acumulada na bateria através do processo de carga e descarga. São de extrema importância, já que fazem o contato final da bateria com o sistema elétrico do veículo.



Tipos de instrumentos

Analógico:

São instrumentos que indicam os valores medidos por meio de ponteiros que se movimentam sobre uma escala pré-definida.
Vantagem: registro de valores de pico e visualização rápida de variações.
Desvantagem: baixa precisão, erros de leitura, fragilidade e perda da calibração com o impacto.



Digital :

É constituído de componentes eletrônicos e uma tela com mostrador digital para indicar os valores medidos.

Vantagem: precisão na leitura, resistente a impactos e vibrações.
Desvantagem: dificuldade para análise de variações instantâneas.



Características Elétricas da Bateria

C 2 0 – Capacidade em 20 horas

C20 é o teste que avalia a capacidade de armazenamento de energia elétrica da bateria. Em conformidade com normas internacionais, o teste consiste em iniciar uma descarga em uma bateria plenamente carregada, utilizando uma corrente constante equivalente a 5% da capacidade da bateria. Ela deverá atingir a tensão final de 10,5 volts em 20 horas e à temperatura ambiente.
Exemplo: Uma bateria de 60 Ah, descarregada com corrente constante de 3 A, deve durar
20h até se esgotar.


R C – Reserva de Capacidade

O RC, também exposto nos rótulos, é o teste para determinar o tempo (em minutos) que uma bateria plenamente carregada pode fornecer 25 ampères até uma tensão final de 10,5 Volts.
O teste simula o tempo que a bateria pode alimentar os principais componentes elétricos de um veículo se o alternador deixar de funcionar por algum defeito.



CCA ou Corrente de Arranque a Frio


O CCA (Cold Cranking Ampère - Corrente de Arranque a Frio) é o valor da corrente que a bateria pode fornecer em baixas temperaturas. Regulamentada pela norma internacional SAE J537, o teste consiste em determinar a máxima corrente elétrica fornecida durante 30 segundos, mantendo a tensão acima de 7,2 Volts a uma temperatura de -18 °C ou 0 ºF. A bateria apresenta o resultado deste teste em todos os seus produtos por possuir condições tecnológicas para atender todos os requisitos da norma. Quanto maior o valor do CCA melhor será o desempenho no arranque.


Equipamentos para análise elétrica e preventiva

Para que o trabalho preventivo ou corretivo seja rápido e preciso, alguns equipamentos são importantes para realização de análises da bateria e do sistema elétrico do veículo. São equipamentos portáteis, completos e de alta precisão.
Multímetro :

É um equipamento portátil com função de leitura de tensão e corrente, normal mente com escala que mede desde mil amperes até 20 Amperes.  É utilizado para medir tensão do regulador de tensão, tensão da bateria e fuga de corrente.



Alicate amperímetro :

É um equipamento que permite a verificação de corrente sem a necessidade de conexão com o circuito (sem contato), por isso tem escala que ultrapassa a faixa de valor dos 500 A. Pode ser utilizado para medições de correntes de partida, consumo dos equipamentos elétricos do veículo e corrente de recarga da bateria. Alguns fazem medição até de valor em mil ampere (fuga de corrente).


Normas de Segurança

Para sua segurança, ao manusear a bateria, certifique-se dos cuidados a serem tomados.

CORROSIVO: Ácido Sulfúrico.
Pode causar cegueira e queimaduras graves. Evite contato com as roupas. Não virar.

MANTENHA FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

CONTATO COM OS OLHOS OU PELE: Lave imediatamente em água corrente. Se ingerido, beba muita água e procure socorro médico imediatamente.

Proteja os olhos usando óculos de segurança

Reciclagem obrigatória.

• Devolva esta bateria ao revendedor no ato da troca.

• Evite faíscas, chamas, fumar próximo ou virar. Pode causar explosão.

• Leia as instruções no Certificado de Garantia. Preencha corretamente todos os campos do certificado de garantia.

• Gases explosivos podem causar cegueira ou ferimentos.

ATENÇÃO!  Ácido Sulfúrico

O ácido sulfúrico é um líquido corrosivo que pode causar queimaduras ou irritações na pele e n os olhos, podendo também danificar roupas.

Cuidados

   • Sempre empilhe as baterias de forma correta para evitar quedas.

   • Use óculos de segurança ao manusear baterias.

   • Lave sempre as mãos após manusear baterias.

Ações de Emergência

   • Em caso de contato do ácido com a pele ou olhos, lave imediatamente a área afetada com água corrente.

   • Em caso de inglês tão do ácido, beba grande quantidade de água ou leite.

Em seguida beba leite de magnésia ou ovos batidos.

   • Para todos os casos, procure um médico imediatamente.

Armazenamento de Baterias

• Baterias devem ser armazenadas sobre estrados de madeira, na posição horizontal (nunca inclinada ou deitada).

• Cheque periodicamente o estado de carga das baterias. Aquelas com tensão a baixo de 12,3 V (visor escuro) devem ser recarregadas para evitar a sulfatação das placas.

• Realize a rotatividade do estoque, conhecida pela sigla em inglês “FIFO”, ou seja, a primeira bateria a entrar n o es toque deverá ser a primeira a sair.

• Devem permanecer em lugar seco e coberto, sem incidência de raios solares e/ou chuva e temperatura entre 10°C e 35°C.


• Siga a quantidade correta para empilhamento conforme tabela:

 • Em caso de derramamento de eletrólito (ácido sulfúrico), isole a área e neutralize com uma solução de água e bicarbonato de sódio. Limpe o local com a solução até parar de formar espuma.                                                                                                             

Riscos de Curto-Circuito

A bateria pode sofrer curto-circuito provocado por objetos de metal ou cabos conectores.
• Nunca coloque ferramentas sem isolação sobre a bateria.

• Na recarga, nunca conecte o polo positivo ao polo negativo de uma mesma bateria ou de uma mesma série.

• Certifique-se de que o carregador está desligado para conectar ou desconectar a bateria.

• Certifique-se de conectar o cabo positivo do carregador ao polo positivo da bateria, e o cabo negativo ao polo negativo, respectivamente.


Risco de Explosão

O gás (hidrogênio) liberado pela bateria quando está em recarga é explosivo. Cigarros, chamas e faíscas próximas à bateria podem causar explosão. Por isso:

• Ao manusear a bateria proteja os olhos. Utilize óculos de segurança.

• Sempre efetue recarga de baterias em local bem ventilado.

• Salas fechadas devem conter ventilação forçada para não acumular gases.

• Nunca desconectar os cabos durante a recarga com o equipamento ligado.

Procedimento de recarga

Recomendações para Recarga

•Analise visualmente a bateria para detectar se existem danos na caixa tampa, ou polos, vazamentos, ou indícios de sobrecarga;

• Monte o circuito de recarga em locais ventilados ou com ventilação forçada.

•Nunca deixe baterias recarregando em locais confinados;

• Posicione as baterias com um espaçamento mínimo de 2 cm entre elas;

• Certifique-se que os terminais estão bem conectados aos polos;

• Não causar chamas, faíscas ou fumar no ambiente de recarga;

• Certifique-se de que o carregador está em bom estado de uso, sem fios partidos, sem maus contatos e ajustes funcionando;

•Acompanhe atentamente o processo de recarga, pois não é recomendado que fizesse de um dia para o outro sem acompanhamento;

• Nunca conecte o polo positivo ao polo negativo de uma mesma bateria ou da mesma série, pois ocasionará curto-circuito.

• Acompanhe a temperatura que não deve ultrapassar 50 ºC.
Caso isso ocorra  interrompa a recarga até que a bateria esfrie e retorne: com o regime de carga reduzido.

•Nunca colocar baterias em carga quando o indicador de carga estiver incolor, ou com solução abaixo do nível mínimo identificado na caixa.

Recarga em circuito série (carga com corrente constante )

O polo positivo de uma bateria deve estar ligado ao polo negativo da bateria vizinha, ficando sempre aberto o polo positivo da primeira e o polo negativo da última bateria.

Coloque no mesmo circuito somente baterias de mesma capacidade e no mesmo estado de carga (isso evitará que as baterias pouco descarregadas sofram sobrecarga quando ligadas no mesmo circuito de uma bateria que necessite de maior tempo de recarga).


A bateria deve ser recarregada com uma corrente equivalente a 10% do valor da capacidade nominal da bateria.

O tempo de recarga varia entre 4 e 15 horas, dependendo do estado de carga da bateria. A tabela a seguir contém o tempo necessário de recarga, com corrente constante de 10% da capacidade nominal:


Notas

• Dê sempre a quantidade de carga necessária para a bateria. Tempos prolongados
de carga, principal mente com corrente constante, podem levar a bateria a um estado de sobrecarga, ocasionando perda de água desnecessária n o processo.

• Evitar cargas rápidas sem controle de temperatura, corrente ou tensão e tempo.

Normalmente, não é recomendada carga rápida para baterias chumbo ácida, devendo ser utilizada somente em situações de emergência. Neste caso, recomendamos a recarga com corrente constante de 30% da capacidade nominal e temperatura máxima do ácido de 50°C.


O tempo de recarga deve ser:


Procedimento para o teste de Bateria

IMPORTANTE

Antes de realizar o teste

O teste de baterias é baseado numa descarga rápida, por isso, o ideal é testar somente baterias com plena carga ou mínimo de 12,3 Volts e máximo de 12,8 Volts.

A análise prévia consiste em medir a tensão (Volts) da bateria para identificar o resultado:

• Maior que 12,8 Volts - NÃO PROSSIGA O TESTE.

O resultado poderá induzi-lo a um diagnóstico errado

Recomenda-se a descarga superficial antes de fazer o teste.

• Menor que 12,3 Volts -  A BATERIA NÃO  TEM CARGA SUFICIENTE PARA TESTE. Indique a recarga antes do teste.


• Entre 12,3 e 12,8 Volts - A BATERIA PODE SER TESTADA.

Análise do Sistema Elétrico

Para testar o sistema elétrico do veículo, a bateria deve estar carregada. Baterias descarregadas ou defeituosas  interferem nos resultados dos testes.

A rotina de testes sugerida a seguir facilita a investigação e compreensão de possível falha que interfira em um bom funcionamento do sistema de carga e partida, permitindo  ao técnico evitar preventivamente uma quebra da bateria e de outros componentes do veículo.

Fuga de Corrente ou Stand -by

No veículo, mesmo quando desligado, existem alguns equipamentos que permanecem em funcionamento constante. É o caso de alarmes, memórias de rádio e injeção eletrônica ou da ignição, computador de bordo, etc.

Estes equipamentos consomem a energia da bateria mesmo com o veículo desligado. Mas o consumo em excesso pode descarregar a bateria em pouco tempo.

Para evitar descargas desnecessárias na bateria, verifique a fuga de corrente.
Com a equação a seguir pode-se calcular o tempo que a bateria pode ficar descarregando sem comprometer o arranque do motor do veículo.
Procedimento para leitura da fuga de corrente:

• Primeiro, desligue todos os equipamentos e lâmpadas do veículo. Inicie o teste com o motor desligado e retire a chave do contato.


• Usando uma bateria auxiliar, conecte o cabo positivo ao polo positivo da bateria do veículo e o cabo negativo a um ponto terra (pontos metálicos do veículo).


• Selecione a função amperímetro (simbolizada por A  ou DCA) na escala mais alta do aparelho e encaixe os ca bos nas conexões para leitura de corrente.
• Solte somente o terminal do cabo negativo (malha terra) e abra o circuito.

 • Ligue o cabo negativo do aparelho ao polo negativo e o cabo positivo do aparelho ao cabo de terra do veículo, lembrando que todos os consumidores elétricos devem continuar desligados.

• Conectado, o aparelho mostrará um valor de corrente. Solte o cabo negativo da bateria auxiliar conectado ao terra e anote o valor real da corrente que o veículo consome nesse instante.

• Após a leitura, conecte novamente o cabo negativo da bateria auxiliar ao terra do veículo. Desfaça o circuito retirando o aparelho.

• Ligue novamente o terminal do cabo negativo do veículo à bateria e faça o ajuste necessário.

• Somente depois de conectado o cabo da bateria do veículo, solte a bateria auxiliar.

Obs.: Nunca faça medição da fuga de corrente utilizando uma lâmpada ligada em série no circuito,pois não tem precisão de leitura.

 Equilíbrio Elétrico

Projetado pelas montadoras para suprir as necessidades dos consumidores elétricos dos carros, o alternador gera corrente suficiente para manter funcionando faróis, ar-condicionado, injeção eletrônica, carregar a bateria, etc.
Excessos de acessórios elétricos instalados no veículo causam um desequilíbrio elétrico, afetando diretamente a recarga da bateria, diminuindo sua vida útil.

Motor de Partida

O motor de partida é o responsável por utilizar a corrente elétrica mais alta fornecida pela bateria durante alguns segundos. Por isso, as montadoras determinam o modelo de bateria pela característica de corrente de arranque a frio (CCA).

Teste do Motor de Partida

• Zere o alicate amperímetro do equipamento de teste e instale-o no cabo da bateria do veículo.

• Em seguida dê a partida e observe o valor da corrente no instante da partida.

• Caso esteja fora de especificação, procure por buchas ou rolamentos gastos, mau contato na fiação ou na malha de terra e se as escovas não estão desgastadas.

• Verifique também se a potência é a especificada para o veículo. Se observar algum  destes problemas, corrija-o e continue o teste.

Alternador

O alternador é o equipamento que transforma a energia cinética em energia elétrica a partir do movimento de rotação do seu eixo. Esta energia é utilizada para suprir a necessidade dos equipamentos elétricos do veículo e recarregar a bateria.

Regulador de Tensão

O regulador de tensão é o responsável por manter a tensão gerada pelo alternador sempre estável para a bateria e o sistema elétrico.

Teste Regulador de Tensão

Com o motor funcionando e todos os acessórios elétricos desligados, aguarde até que a corrente de recarga esteja a baixo de 5 A, ou aguarde 5 minutos. Observe o valor da tensão n o aparelho de teste. Se estiver a baixo de 13,5 V ou acima de 14,5 V o regulador deverá ser trocado. O teste deve ser realizada com bateria em bom estado físico e carregada.
Instalação da Bateria no Veículo

• Encontre o modelo de bateria indicado para o veículo. Nunca instale bateria com capacidade inferior ao indicado pelo fabricante.

• Instale somente bateria com tensão maior que 12,3 V e em boas condições de uso (sem vazamento e sem marca de dano físico).

• Para retirar a bateria, primeiro desconecte o terminal negativo e depois o positivo.

• Se o veículo possuir computador de bordo e outros dispositivos que não possam ser desligados utilize uma bateria auxiliar (procedimento n o anexo I).

• Ao instalar a bateria, conecte primeiro o terminal positivo ao polo depois o negativo.

• Verificar se há bom contato entre os terminais dos cabos e os polos da bateria (nunca coloque graxa ou outro produto diretamente n os polos da bateria).

• Fixe-a corretamente, sem folgas ou adaptações inadequadas, assim sua vida útil será prolongada.

• Verificar se os seguintes itens do sistema elétrico do veículo estão em conformidade com as especificações: Motor de Partida, Alternador, Regulador de Tensão e Fuga de Corrente, conforme os procedimentos descritos neste manual.
• Nunca troque uma bateria com o motor do veículo em funcionamento, pois ao desconectá-la o alternador poderá enviar uma energia muito alta à ponte retificadora, podendo queimar os diodos de retificação e outros dispositivos que estiverem ligados.

Precauções

• Antes de retirar ou instalar a bateria n o veículo, leia o Manual do Proprietário referente a cuidados e procedimentos específicos para cada aplicação.

• Antes de retirar a bateria usada, tire a chave do contato, desligue todas as cargas possíveis (lanternas, motor, rádio, etc.).

•Ao instalar a bateria n ova, verifique se não foram deixados objetos na bandeja do veículo, como porcas, parafusos, etc.

• Evite curto-circuito com ferramentas ou cabos entre o terminal positivo da bateria e a lataria do veículo (terra).

• Não fume, não acenda isqueiros ou chamas e não cause curto-circuito enquanto estiver realizando recarga, testes, ou troca da bateria.

Checagem do Sistema de Fixação da Bateria

A fixação deficiente prejudica a vida útil de uma bateria, pois as vibrações impostas são maiores do que o normal. O atrito da caixa da bateria com as superfícies de fixação provoca desgaste do material, podendo ocasionar quebras ou vazamentos e também danos às placas no interior da bateria.

Regras de Atendimento a Garantia:

O atendimento a garantia deve ser solicitado em um posto de Assistência Técnica ou distribuidor autorizado. Somente estes locais estão habilitados a analisar as condições de garantia de sua bateria.

Importante

• Para dar início ao atendimento de garantia, a bateria reclamada deverá ser analisada de acordo com o procedimento de garantia da fábrica, seguindo os fluxogramas ao final desta apos tila (anexo V e VI).

• Na venda, confira se a numeração do certificado corresponde ao gravado na bateria.

• Oriente o consumidor sobre a importância de manter o Certificado de Garantia junto aos demais documentos do veículo para evitar o extravio e consequente perda da garantia contratual.

• Recomende ao seu cliente que faça revisões periódicas do sistema elétrico do veículo.

Garantia Improcedente:

A lista a seguir mostra algumas condições que não representam de feitos de fabricação e podem anular a garantia:

• Certificado rasurado ou modificado na numeração da bateria e/ou incompleto, incorreto ou sem preenchimento da data de venda;

• Baterias com polos danificados, afundados, quebrados, reparados por terceiros;

• Caixa ou tampa com sinais de mau uso, quebrada, trincada, furada ou danificada por acidente;

• Bateria descarregada;

• Bateria ou indicador de carga violados;

• Bateria mal fixada n o suporte do veículo.

• Falha por sobrecarga

Identificando Falhas Improcedentes de Fabricação.

Os defeitos mostrados a seguir são causados por falhas elétricas do veículo, má utilização ou má instalação da bateria, não caracterizando falhas de fabricação, e portanto, produtos que não são trocados em garantia.

 
Polo danificado

ü  Polo esmagado

·         Causa: Aperto excessivo do terminal do cabo.

·         Problema: Causa a de formação do polo. Causando pontos de isolamento elétrico.


ü  Polo Quebrado




·         Causa: Pancada ou alavanca para colocar/retirar o terminal do cabo da bateria.


·         Problema: Rompimento ou isolação do polo.


ü  Polo Corroído.





·         Causa: Terminal solto ou curto-circuito causado por cabo ou ferramenta.

·         Problema: Diminuição do polo com a perda de chumbo. Mau contato entre o terminal e o polo.


Caixa danificada
 

Caixa golpeada:



Causa: Má fixação ou manuseio incorreto.


Problema: Perda da eficiência por ruptura da grade, desagregação de material ativo, isolação do circuito interno e rompimento da selagem entre a tampa e a caixa.



Caixa ralada:


Causa: Má fixação ou manuseio incorreto.


Problema: Desagregação do material ativo e vazamento de eletrólito através de fissuras causadas na caixa ou tampa.




Caixa queimada


Causa: Bateria instalada sem retirar a embalagem plástica ou em ambientes confinados.



Problema: Chamas causadas devido acúmulo de gás hidrogênio sob a embalagem plástica ou ambiente fechado (confinados).Acúmulo de gás sob o plástico que em contato com faíscas causa chamas na bateria derretendo o plástico.

Descarregada

Falhas no sistema elétrico ou a má utilização do veículo podem provocar a descarga da bateria. Baterias simplesmente descarregadas não necessitam de substituição e podem ser recarregadas e reinstaladas n o veículo.

Bateria descarregada não é coberta pela garantia porque não caracteriza defeito de fabricação.

Causas de baterias descarregadas:

- Falha no regulador de tensão (carga inferior a 13,5 V);

- Falha no alternador (escovas ou rolamentos gastos, ou correia frouxa);

- Excesso de acessórios (desequilíbrio elétrico);

- Equipamento ligado por longo período (som, luz, ou climatizadores) com o motor desligado;

- Fuga de corrente (som, alarmes, rastreadores, GPS ou fios mal isolados);

Para Baterias convencionais (com acesso ao eletrólito):

- Eletrólito contaminado;

- Após a recarga da bateria se o eletrólito apresentar densidade alta pela adição indevida de ácido, ou densidade baixa, devido adição excessiva de água;

- Baterias com placas sulfatadas;

- Baterias sem eletrólito (solução) ou com o nível a baixo das placas.

Sobrecarga

A sobrecarga é um e feito que ocorre quando circula alta corrente elétrica por um longo período na bateria. Com isso as reações químicas são aceleradas, aumentando a temperatura interna e transformando o excedente de energia elétrica em mais calor. Com a baixa capacidade de dissipação do calor a bateria começa a sofrer impacto n os seus componentes internos responsáveis pela reação de carga e descarga, acelerando a evaporação do eletrólito e levando-a a morte prematura.

Veja o que a sobrecarga pode fazer a sua bateria:

A elevação da tempera ura, além de provocar um ataque químico às grades, levando-as a corrosão, também as solicita mecanicamente, ou seja, as entorta, provocando ainda a queima dos separadores resultando na destruição da bateria.

A sobrecarga está associada a uma situação externa a bateria, ou seja, normal mente devido a um problema no sistema elétrico do veiculo ou uso indevido.Por isso baterias com sobrecarga não são cobertas pela garantia.

A sobrecarga é causada por vários motivos. Um deles é o mau funcionamento do regulador de tensão do veículo. O regulador deve executar o gerenciamento da tensão (voltagem) que é enviada pelo alternador para a bateria e o sistema elétrico do veículo. A bateria tem, por sua vez, a função de armazenar a carga para posterior consumo.

Em geral, a tensão admissível deve encontrar-se entre 13,5 V e 14,5 V (sistemas 12 V) e 27,0 V e 29,0 V (sistema 24 V). Toda vez que o limite de 14,5 V ou 29 V é ultrapassado inicia-se um processo de um superaquecimento na bateria.

O regulador de tensão também executa outra importante ação: toda vez que a temperatura n o compartimento do motor aumenta, o regulador de tensão deve realizar a compensação térmica desse aumento da temperatura, diminuindo a tensão de carga e consequentemente a corrente que está sendo enviada à bateria, evitando que a temperatura máxima admissível seja ultrapassada (50°C).

A utilização por longos períodos de tempo de componentes eletro/eletrônicos do veículo com o motor desligado também pode provocar uma sobrecarga, uma vez que a bateria profundamente descarregada passa a receber carga em alta corrente, até o limite do alternador. A repetição constante desta prática leva a bateria a uma condição de sobrecarga, a qual se denomina: sobrecarga provocada por mau uso.

A sobrecarga é causada pelo excesso de corrente elétrica enviada à bateria.

As principais causas de uma falha por sobrecarga:

- Falha n o regulador de tensão (13,5 V a 14, 5 V para sistema 12 V e 27 V a 29 V para sistemas 24 V);

- Desequilíbrio elétrico;

- Derivação 12v em sistema 24V.








Adição de água destilada.

Verifique periodicamente o nível da solução das baterias e, quando necessário, complete somente com água destilada. O período recomendado é verificar a cada 3 meses. Não coloque quantidade exagerada de água, pois o nível ideal de eletrólito é de 18 mm a 28 mm acima das placas.





Alguns modelos de baterias possuem indicador de nível máximo.

• Bateria com placa sulfatada

O sulfato de chumbo (PbSO4) é uma substância que faz parte da reação química da bateria. Sua formação ocorre nas placas negativas e positivas todas as vezes que é feita uma descarga e revertida quando recarregada.

A formação do sulfato de chumbo não é o problema, mas sim a quantidade dele presente nas placas. Quanto mais descarregada a bateria fica, maior é a concentração dessa substância nas placas causando a perda da capacidade de armazenamento e a perda da capacidade de gerar corrente para a partida.



A placa positiva quando carregada apresenta a coloração marrom escuro devido à formação de dióxido de chumbo  (PbO2).

E apresentando partes esbranquiçadas quando há concentração de sulfato de chumbo. Quanto mais descarregadas mais branca a placa fica e maior é seu tamanho.


Procedimento para troca de bateria com uso de bateria auxiliar.

Para iniciar o procedimento tenha em mãos cabos com garras do tipo “jacaré”, uma bateria que esteja carregada e em boas condições para manter o veículo energizado e ferramentas para abertura dos terminais do cabo da bateria do veículo.


• Prenda os cabos à bateria auxiliar com os terminais. (Isso garantirá que o cabo não escape com os movimentos realizados durante a operação);


• Primeiro conecte a garra do cabo positivo da bateria auxiliar n o terminal positivo  da bateria do veículo;


• Depois conecte a garra do cabo negativo da bateria auxiliar no terminal negativo da bateria do veículo;


Sugestão: Para que a operação de abertura dos terminais do cabo da bateria fique mais fácil ligue a garra do cabo negativo da bateria auxiliar em algum ponto metálico do veículo que tenha boa condução como terra. Assim o terminal do cabo negativo do veículo ficará livre para a desconexão;
• Após a ligação da bateria auxiliar abra os terminais da bateria do veículo, soltando primeiro o terminal do cabo negativo;

• Em seguida solte o terminal do cabo positivo com muito cuidado para não causar curto-circuito;



Obs.: Isso ocorre porque o veículo continua energizado. Para evitar esse curto-circuito utilize uma capa protetora em partes metálicas do veículo onde possa haver qualquer contato da ferramenta utilizada.












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